Dia a Dia de Voluntária Olímpica #RIO2016



A crendencial é item indispesável para que o voluntário cumpra as suas funções, sem ela não é possível acessar nenhuma venue, instação de competições em olimpiquês. Na entrada eu passava por duas checagens, a primeira com a guarda nacional, que verificavam se eu tinha autorização para entrar ali e também escaneavam no detector de metais a minha bolsa! Procedimento típico de aeroporto. Feito isso, eu tinha que fazer o check-in, onde a credencial era escaneada mais uma vez. 

Além da credencial permitir a entreda nas venues, ela também informa em que locais dentro da venue o voluntário pode circular. Eu, por exemplo, não tinha autorização para acessar o field of play, campo/quadra, das venues. Podia ficar somente nas arquibancadas e outras áreas de bastidores, mas com acesso limitado também. 

O meu acesso era restrito ao Estádio do Maracanã e ao Sambódromo. Nada mais. Eu não podia nem entrar no Maracanãzinho, que fica no mesmo terreno do Maracanã. O controle era bem severo. 

Na ocasião das das cerimônias de abertura e encerramento, o controle era mais rígido ainda. Além da credencial, era necessário ter o selo específico para aquele dia. Isso aconteceu inclusive no ensaio da cerimônia de abertura, que foi o meu primeiro dia de atuação como voluntária. 



Mas a crendencial era útil para outra coisa também: Carregar pins!  O cordão da  minha credencial ficou lindo com os pins que ganhei! Tinha gente que tinha o cordão lotado de pins! Eu era meio termo. Ganhei 3 do programa de voluntários, um eu comprei ( o do tiro com arco) e os outros ganhei das delegações. Não fiz trocas de pins, pois não levei nenhum para trocar e não tive coragem de trocar nenhum dos que eu ganhei. 


Junto com a credencial sempre estava este cartão, onde cada item marcado significava um brinde recebido pelo voluntário. O primeiro item, responsabilidade, foi o relógio. Os outros eu não lembro direito exatamente qual era o item correspondente, mas ganhamos o pin com o obrigado, os pins do Vinicius e do Time Rio, certificado, bola anti-estress com o logo dos jogos, pulseira e um cartão postal.  Adorei os pins e o relógio, os outros achei meio sem charme. A gente recebia os brindes durante o check-in. 



Durante o turno de trabalho, a gente tinha direito à uma refeição, almoço ou jantar. No check in era entregue um voucher para ser usado no refeitório. Em cada instalação havia um refeitório que era usado pelos voluntários, trabalhadores contratados e os soldados da força nacional.  Era estilo bandeijão e a comida era boa. Eu comi bem ali. Somente tive problema no primeiro dia de atuação no Maracanã em uma competição de Futebol.  Deu uma fila monstro, pois juntou a turma do Maracanã com a do Maracanãzinho pela primeira vez e congestionou tudo. Este dia foi bem zoado, mas nos outros tudo foi normalizado, peguei uma fila normal. Além da comida, havia sobremesas e bebidas, Coca-cola, Mate Leão, água e Sprite. Além da refeição, ganhávemos lanche a parte, bolachas, bolos, pipoca, barrinhas de cereal. Ah, e sorvetes!  Eu comia um tablito por dia! A gente sempre podia se servir na geladeira de sorvetes do lounge dos convidados depois que o turno acabava. Ah, nas cerimônias jantei também no lounge dos convidados! 



Este é o meu RioCard olímpico, com ele eu ia trabalhar. O vale-transporte era dado pela organização. Não tive gasto algum de transporte nos dias que tive escala de trabalho. Funcionou tudo bem direito.  Cheguei até usá-lo para ir até o Parque Olímpico nas duas vezes que fui lá depois de cumprir a minha escala. 


Li que houve desistência de muitos voluntários que relataram más condições de trabalho, comigo não houve nada de errado e também não presenciei nada de errado com os meus colegas de equipe.  Os turnos eram puxados, mas nada desumano. Voltava bem cansada, principalmente nos dias das cerimônias, que foram as minhas jornadas mais longas.  Mas em nenhum momento foi um trabalho torturante. 

Eu faria tudo de novo!  Adorei a experiência de ser voluntária nos jogos. Gostei tanto que estou com vontade de repetir a dose. Uma pena que não tenho condições de trabalhar no Paralímpico, impossível tirar férias de novo daqui há duas semanas.  Mas eu iria se desse!

Foram as férias mais diferentes ever! As férias onde não descansei nadinha, mas que tive experiências intensas e muito compensadoras! 


Comentários

  1. a credencial é fundamental para a segurança. pode até ser falsificada, mas precisa ser muito especialista. eu concordo que o controle tenha q ser severo. primeiro pelo risco de atentado. e depois pq é uma ótima forma de organização. eu amei os pins. os primeiros que vi foram da foto que sua irmã postou no facebook. são demais. eu acho que os voluntários que desistiram é que acharam que tudo ia ser festa. sempre perto dos atletas, sempre vendo as modalidades. eu percebi que vcs faziam rodízio. tinha vezes q vc trabalhava dentro e via competições, tinha vezes q vc ficava fora dos locais. me parecia um rodízio bem democrático. o problema é q tem gente q acha q evento é moleza, só diversão, só festa e não é bem assim. beijos, pedrita

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    1. A crendecial é um item muito sensível à fraudes. Por isso, que mesmo tendo terminado a minha participação, retirei da credencial o código de barras. Não me sentiria confortável colocando ela na íntegra aqui. E também acho que quem desistiu pode ter pensado que seria só curtição. Beijos!

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  2. Acompanhei todos os seus posts olímpicos, mesmo sem comentar! Não ligo pra esportes e basicamente o que sei das Olimpíadas foi lendo seu blog, haha. Pessoas me deram parabéns pelas medalhas de ouro do Brasil que até hoje nem sei de quais esportes são. Mas enfim - e polêmicas à parte - adorei seus relatos e fiquei muito feliz que você tenha conseguido aproveitar ao máximo cada momento dessa experiência. Sua disposição é inspiradora, Patry!!! E continue postando :) Senti falta do seu blog!

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